Enquanto o mundo teme a marca da besta, muitos esquecem a marca da cruz. Um alerta bíblico e urgente para a Igreja dos últimos dias.

Introdução
Em tempos de tanta especulação escatológica, a “marca da besta” se tornou um dos temas mais debatidos entre crentes.
Teorias se multiplicam. Uns dizem que é um chip, outros falam em inteligência artificial, vacinas, QR codes, moedas digitais...
O medo cresce. Mas, em meio a esse pavor coletivo, há algo mais grave: muitos estão tão preocupados com a marca da besta que se esqueceram da marca da cruz.
Neste artigo, convido você a fazer uma pausa. Respirar.
E refletir comigo: o que realmente tem sido marcado em sua vida
— o medo ou a fé? A besta ou o Cordeiro?
O terror da besta: medo espalhado como evangelho
A Bíblia realmente menciona a marca da besta em Apocalipse 13.16-17, onde se diz que “a todos, os pequenos e os grandes, os ricos e os pobres... é dada uma marca na mão direita ou na testa”.
Essa passagem é séria. Mas ela foi escrita para alertar — não para amedrontar.
Hoje, o medo foi tão sensacionalizado que se transformou em um tipo de “evangelho do pânico”.
Muitos falam mais da besta do que do Senhor. Medem tudo por teorias conspiratórias e menos pela Palavra de Deus.
Mas a fé verdadeira não se alimenta de medo, e sim de confiança.
“No amor não há medo; ao contrário, o perfeito amor expulsa o medo” (1Jo 4.18).
A cruz esquecida: o verdadeiro sinal dos que pertencem a Cristo
Enquanto o mundo corre atrás de sinais apocalípticos, Jesus nos deixou um sinal eterno: a cruz.
“Mas longe de mim gloriar-me, a não ser na cruz de nosso Senhor Jesus Cristo” (Gl 6.14).
A cruz é a marca que nos identifica como redimidos. É nela que o sangue foi derramado, o pecado vencido, e a morte desfeita.
Não é uma marca física, mas uma inscrição eterna no coração dos salvos:
“Trazemos sempre no corpo o morrer de Jesus” (2Co 4.10).
Infelizmente, há muitos crentes que não querem carregar essa marca. A cruz exige renúncia, santidade, entrega.
E isso, para alguns, é mais assustador do que a própria besta.
A inversão diabólica: quando a besta vira centro do discurso
O Anticristo se aproveitará da idolatria do medo.
Ele não se manifestará apenas com sinais sobrenaturais, mas com discursos que encantam, promovem segurança falsa e poder humano.
E se a Igreja estiver distraída, preocupada apenas com o “quando” e o “como”, esquecerá do “Quem”: Jesus.
Apocalipse é a revelação de Jesus Cristo (Ap 1.1), não do Anticristo. Quando transformamos a besta em protagonista, caímos em uma armadilha escatológica.
A marca da besta não é apenas algo tecnológico, mas teológico — é uma negação de Cristo, um pacto com o sistema anticristão.
O povo marcado pelo Cordeiro: um chamado à fidelidade
Apocalipse 14.1 fala de outro grupo: os que têm “o nome Dele e o nome de seu Pai escritos na testa”.
Estes são os que seguem o Cordeiro. Eles não temem a besta porque foram marcados pela cruz. Eles não vivem por medo, mas por fé. Eles não especulam o fim, vivem preparados para ele.
Essa é a marca que precisamos resgatar: a identidade do crucificado em nós.
Ser marcado pelo Cordeiro é viver como Ele, amar como Ele, resistir como Ele resistiu, e vencer como Ele venceu.
Conclusão: O que está marcado em você?
Meu apelo pastoral hoje é claro: pare de se preocupar tanto com o que o diabo está fazendo e olhe para o que Jesus já fez.
A cruz ainda é suficiente. A graça ainda é poderosa. O Evangelho ainda é vivo.
O mundo pode exigir marcas externas.
Mas Deus busca marcas internas. E a maior delas é o amor — amor que crê, espera, suporta e jamais acaba (1Co 13.7-8).
Versículos-chave:
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Apocalipse 13.16-17
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Gálatas 6.14
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2 Coríntios 4.10
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Apocalipse 14.1
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1 João 4.18
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1 Coríntios 13.7-8
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